spot_img
Quinta-feira, 15 Maio, 2025
More
    InícioPolíticaPolítica InternacionalMais de mil já foram presos em protestos na Venezuela, diz MP...

    Mais de mil já foram presos em protestos na Venezuela, diz MP chavista

    Publicado há

    spot_img

    De acordo com o Foro Penal, ao menos 11 pessoas já morreram em diferentes partes de Caracas e Barinas

    O Ministério Público da Venezuela, comandado pelo chavista Tarek William Saab, atualizou nesta quarta-feira (31), o número de presos para 1.062 desde o início das manifestações contra os resultados eleitorais de domingo. O procurador, porém, não divulgou cifras de mortos, o que, segundo a organização Foro Penal,  está em 11. “Quero ver organizações internacionais dizerem que estes são prisioneiros conscientes, bandidos criminosos (…) depois são detidos, chorando, pedindo misericórdia, mas não haverá misericórdia, não haverá Justiça. Tem que haver Justiça por todos os danos que cometeram”, disse Saab durante uma coletiva de imprensa.

    O procurador acrescentou que libertará aqueles que conseguirem comprovar que não estavam envolvidos no que chamou de atos de violência durante os protestos. Mas “aqueles que participaram serão privados da sua liberdade durante muitos anos”.

    Os números oficiais são maiores dos que os divulgado por organizações independentes, como o Foro Penal, que indica 429 prisões nas últimas 48 horas. O chavismo alega, sem provas, estar sendo vítima de um golpe de Estado, enquanto a oposição acusa a ditadura de estar fraudando os resultados eleitorais ao anunciar a vitória de Nicolás Maduro por 51% sobre o candidato Edmundo González Urrutia.

    Desde segunda, os venezuelanos têm ido às ruas para protestar contra os resultados, o que gerou resposta das forças de segurança com prisões, mortes e centenade feridos.

    O Ministério Público não informou números de mortos, apenas citou um militar na última terça, 30. Mas, de acordo com o Foro Penal, ao menos 11 pessoas  morreram em diferentes partes de Caracas e Barinas.

    A líder opositora, María Corina Machado informou cifras diferentes sem precisar a fonte. “Alerto ao mundo sobre a escalada cruel e repressiva do regime, que até agora conta com mais de 177 prisões arbitrárias, 11 desaparecimentos forçados e pelo menos 16 assassinatos nas últimas 48 horas”, escreveu Machado no X.

    Entre os desaparecidos está um dos líderes da oposição, Freddy Superlano, do partido Voluntad Popular, que foi levado por agentes do regime na terça-feira, segundo a oposição. “A esta hora ainda não sabemos o estado de saúde do Freddy, por isso exigimos acesso imediato ao regime para comprovar sua integridade física”, escreveu o partido nas redes sociais.

    A oposição denuncia uma escalada repressiva contra seus membros, principalmente aqueles asilados na embaixada Argentina em Caracas, onde a oposição denuncia um cerco das forças de segurança.

    Também nesta quarta, Maduro prometeu entregar “100% dos documentos” da contestada votação que resultou em sua reeleição

    “Digo, como líder político, filho do Comandante [Hugo] Chávez, que o Grande Polo Patriótico e o Partido Socialista Unido da Venezuela [PSUV] estão prontos para apresentar 100% das atas. Muito em breve serão conhecidas, porque Deus está conosco e as provas  apareceram”, afirmou Maduro nesta quarta a jornalistas na sede do Tribunal Supremde Justiça (TSJ).

    “Estou disposto a ser convocado, interrogado, em todas as suas partes, investigado pela sala eleitoral como candidato presidencial vencedor das eleições de domingo”, acrescentou.

    Na ocasião, o ditador pediu à Suprema Corte que conduzisse uma auditoria da eleição presidencial. “Eu me jogo diante da Justiça”, disse ele a repórteres do lado de fora da sede da Suprema Corte em Caracas, acrescentando que está “disposto a ser convocado, interrogado, investigado”.

    Esta é a primeira concessão de Maduro às demandas por mais transparência sobre a eleição. No entanto, a Suprema Corte está intimamente alinhada com seu governo; os juízes da corte são propostos por autoridades federais e são ratificados pela Assembleia Nacional, que é dominada por simpatizantes de Maduro

    Maduro insistiu aos repórteres que houve uma conspiração contra seu governo e que o sistema eleitoral foi hackeado, mas não dedetalhes nem apresentou nenhuma evidência.

    A pressão vem aumentando contra o presidente desde a eleição. O Conselho Nacional Eleitoral, que é leal ao seu Partido Socialista Unido da Venezuela, ainda não divulgou nenhum resultado impresso dos centros de votação, como fez em eleições passadas.

    *Com informações do Estadão Conteúdo

    publicado por Tamyres Sbrile

    Fonte: Jovem Pan News

    Últimas

    MS integra nova etapa de análise de agrotóxicos em alimentos

    Estado participa do programa da Anvisa com coletas semanais em mercados e sacolões até...

    Decisão do STF complica chance da Alems indicar nome ao TCE-MS

    Com volta de Waldir Neves ao cargo, deputados agora aguardam aposentadoria de conselheiro prevista...

    Governadores autorizam BRDE a ampliar capital para R$ 600 milhões

    Aporte fortalece capacidade de investimento do banco em projetos de desenvolvimento no Sul e...

    Com apoio de 9 parlamentares de MS, CPMI do INSS atinge número para instalação

    Com assinaturas suficientes no Congresso, comissão deve ser instalada para apurar fraudes em descontos...

    Relacionado

    Israel nomeia novo comandante militar no país

    Eyal Zamir substitui o tenente-general Herzi Halevi, que renunciou após reconhecer falhas das Forças Armadas na guerra

    Macron critica tarifas dos EUA e fala em reciprocidade

    Embora tenha se reunido com o Trump, o presidente da França demonstrou ceticismo em relação à capacidade da União Europeia de evitar tarifas

    EUA negociam direto com Hamas para libertação de reféns e quebram tradição

    Atualmente, cerca de 24 pessoas, incluindo um cidadão americano, permanecem em cativeiro na Faixa de Gaza