spot_img
Quinta-feira, 12 Junho, 2025
More
    InícioPolíticaPolítica Internacional‘Maduro é ilegítimo’, diz Corina em manifestação que rejeita a vitória eleitoral...

    ‘Maduro é ilegítimo’, diz Corina em manifestação que rejeita a vitória eleitoral na Venezuela

    Publicado há

    spot_img

    Machado e González Urrutia, ameaçados e escondidos, haviam sido vistos em público pela última vez na terça-feira, em um comício em Caracas

    A líder da oposição, María Corina Machado, reapareceu em público neste sábado (3), aplaudida por milhares de manifestantes que rejeitam a proclamação de Nicolás Maduro como presidente reeleito da Venezuela, em um dia em que o chavismo também convocou seus seguidores a marchar. Em um caminhão e vestida com uma camiseta branca, Machado estava acompanhada por vários líderes da oposição, mas não pelo candidato Edmundo González Urrutia, que reivindica a vitória na eleição presidencial de 28 de julho. Machado e González Urrutia, ameaçados e escondidos, haviam sido vistos em público pela última vez na terça-feira, em um comício em Caracas. Os manifestantes começaram a se reunir na capital cerca de duas horas antes, em uma atmosfera de calma e sem grande mobilização das forças de segurança.

    “Maduro é ilegítimo. Não somos terroristas, estamos lutando por nosso país, pela liberdade. Peço a Maduro que ouça a voz de nossos irmãos, de todos aqueles que morreram”, disse Jezzy Ramos, uma chef de cozinha de 36 anos, casada e mãe de uma filha, na manifestação. Maduro foi ratificado na sexta-feira pelo Conselho Nacional Eleitoral como presidente reeleito e acusa os líderes da oposição de tentar dar um golpe de Estado. “Estou defendendo a democracia e o voto, porque elegemos um presidente, isso é óbvio, as atas estão publicamente na internet (…). O governo não reconhece que perdeu. É um autogolpe”, disse Sonell Molina, 55 anos, mãe de dois filhos, que vivem no Peru.

    Com onze civis mortos desde o início dos protestos espontâneos na segunda-feira em rejeição ao anúncio da reeleição de Maduro e mais de mil presos, os líderes da oposição limitaram suas aparições públicas nos últimos dias. Na sexta-feira, o líder da oposição e jornalista Roland Carreño, que já havia ficado preso entre 2020 e 2023 por acusações de “terrorismo”, foi detido novamente, conforme denunciado por seu partido Voluntad Popular, de Juan Guaidó e Leopoldo López. De acordo com a promotoria, um militar também foi morto durante os protestos.

    O Conselho Nacional Eleitoral ratificou a vitória de Maduro com 52% dos votos, à frente dos 43% atribuídos a González Urrutia, a quem o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, expressou apoio. Maduro acusou os EUA de intervencionismo. “Ele se desespera em um gesto incomum na diplomacia dos EUA e sai para dizer que eles têm os resultados (…). O que eles têm é a armadilha que tentaram impor”, disse ele, referindo-se a Blinken. “Houve vários apelos e gritos de fraude vindos desse setor da direita radical, criminosa e violenta da Venezuela”, disse Maduro em uma coletiva de imprensa com correspondentes estrangeiros. “Eles não querem reconhecer os mecanismos nacionais e soberanos da Venezuela, só querem manter o show da farsa. O chavismo marchará à tarde pelo centro de Caracas, no que Maduro já anunciou como “a mãe” das manifestações.

    Uma caravana de motociclistas apoiando Maduro saiu pelas ruas do centro. A oposição diz ter provas de fraude e apresenta um site com cópias de mais de 80% dos registros de votação em sua posse. O chavismo rejeita essa afirmação e alega que os documentos são falsos. “Temos que continuar avançando para afirmar a verdade. Temos as provas e o mundo já as reconhece”, declarou Machado em X. De acordo com a oposição, González Urrutia recebeu 67% dos votos.

    Na sexta-feira, em poucas horas, cinco países latino-americanos – Argentina, Uruguai, Equador, Costa Rica e Panamá – reconheceram a vitória de González Urrutia. O Peru havia sido o primeiro na terça-feira. Maduro, por sua vez, agradeceu aos presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva; da Colômbia, Gustavo Petro; e do México, Andrés Manuel López Obrador, por seus esforços para chegar a um acordo político na Venezuela. “O presidente Lula, o presidente Petro e o presidente López Obrador estão trabalhando juntos para garantir que a Venezuela seja respeitada, para que os Estados Unidos não façam o que estão fazendo”, disse o líder socialista. Entre os países que reconhecem Maduro estão Nicarágua, Rússia e Irã.

    Publicado por Luisa Cardoso

    *Com informações da AFP

    Fonte: Jovem Pan News

    Últimas

    PF apreende armas, caminhonetes de luxo e jet sky em ação contra traficantes

    Ação mira organização criminosa na fronteira de MS com o Paraguai e bloqueia...

    Ministros vêm a MS anunciar obras de ampliação de aeroportos

    Silvio Costa Filho e Simone Tebet participam de cerimônia que marca início da ampliação...

    Sem provas, Justiça arquiva inquérito de execução ligada ao PCC na Capital

    Falta de provas impede denúncia contra nove suspeitos, mas caso pode ser reaberto se...

    MPF recorre contra absolvição de piloto flagrado com 431 kg de cocaína

    Para o Ministério Público, sentença ignora provas, confissão e o impacto social do crime:...

    Relacionado

    Israel nomeia novo comandante militar no país

    Eyal Zamir substitui o tenente-general Herzi Halevi, que renunciou após reconhecer falhas das Forças Armadas na guerra

    Macron critica tarifas dos EUA e fala em reciprocidade

    Embora tenha se reunido com o Trump, o presidente da França demonstrou ceticismo em relação à capacidade da União Europeia de evitar tarifas

    EUA negociam direto com Hamas para libertação de reféns e quebram tradição

    Atualmente, cerca de 24 pessoas, incluindo um cidadão americano, permanecem em cativeiro na Faixa de Gaza