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    Zelenski diz que avanço na região russa de Kursk tem como objetivo criar uma ‘zona-tampão’

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    Analistas dizem que, embora a Ucrânia possa tentar consolidar seus ganhos dentro da Rússia, manobra seria arriscada dados os recursos limitados de Kiev

    O presidente ucraniano Volodmir Zelenski disse, neste domingo (18), que a incursão militar na região russa de Kursk pretende criar uma “zona-tampão” para evitar novos ataques de Moscou através da fronteira. Foi a primeira vez que Zelenski declarou claramente o objetivo da operação, que foi lançada em 6 de agosto. Anteriormente, ele havia dito que o objetivo era proteger comunidades na região fronteiriça de Sumi dos bombardeios constantes. “Agora é nossa tarefa primária em operações defensivas em geral: destruir o máximo possível do potencial de guerra russo e conduzir o máximo de ações contraofensivas. Isso inclui criar uma zona-tampão no território do agressor — nossa operação na região de Kursk”, disse o presidente em discurso.

    Neste fim de semana, a Ucrânia destruiu uma ponte importante na região e atingiu uma segunda ponte próxima, interrompendo as linhas de suprimento enquanto realizava uma incursão através da fronteira que começou em 6 de agosto, disseram autoridades. Blogueiros militares pró-Kremlin reconheceram que a destruição da primeira ponte no Rio Seim, perto da cidade de Glushkovo, impedirá entregas de suprimentos às forças russas que repelem a incursão da Ucrânia, embora Moscou ainda possa usar pontes menores. O chefe da força aérea da Ucrânia, Tenente-General Mikola Oleshchuk, divulgou na sexta-feira (16) um vídeo de um ataque aéreo que cortou a ponte em duas.

    Em seus comentários sobre a criação de uma zona-tampão, Zelenski disse que as forças ucranianas “alcançaram resultados bons e muito necessários”. Analistas dizem que, embora a Ucrânia possa tentar consolidar seus ganhos dentro da Rússia, seria arriscado, dados os recursos limitados de Kiev, porque suas próprias linhas de suprimento que se estendem até Kursk seriam vulneráveis. A incursão provou a capacidade da Ucrânia de tomar a iniciativa e elevou seu moral, que foi minada por uma contraofensiva fracassada no verão passado e meses de ganhos russos na região oriental de Donbass. Por sua vez, o presidente russo Vladimir Putin disse, durante visita à China em maio, que a ofensiva de Moscou, naquele mês, na região nordeste de Kharkiv, na Ucrânia, também tinha como objetivo criar uma zona-tampão. Essa ofensiva abriu uma nova frente e deslocou milhares de ucranianos. Os ataques foram uma resposta ao bombardeio ucraniano da região russa de Belgorod , disse Putin.

    “Eu disse publicamente que se isso continuar, seremos forçados a criar uma zona de segurança, uma zona sanitária”, declarou. “É isso que estamos fazendo.” A entrada da Ucrânia em Kursk se assemelha à operação relâmpago de setembro de 2022, liderada por Syrskyi, na qual forças retomaram o controle da região nordeste de Kharkiv após aproveitar a escassez de mão de obra russa e a falta de fortificações de campo.

    *Com informações do Estadão Conteúdo
    Publicado por Marcelo Bamonte

    Fonte: Jovem Pan News

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