spot_img
Quinta-feira, 24 Abril, 2025
More
    InícioPolíticaPolítica InternacionalMinistro israelense pede ‘evacuação temporária’ de palestinos na Cisjordânia

    Ministro israelense pede ‘evacuação temporária’ de palestinos na Cisjordânia

    Publicado há

    spot_img

    A região ocupada vive a maior espiral de violência das últimas duas décadas e, até agora, em 2024, mais de 310 palestinos foram mortos por fogo israelense

    O ministro das Relações Exteriores israelense, Israel Katz, defendeu nesta quarta-feira (28) a “evacuação temporária” da população palestina da Cisjordânia como medida para combater a presença de grupos armados no território ocupado. “O Irã está trabalhando para estabelecer uma frente terrorista oriental contra Israel na Cisjordânia, nos moldes de Gaza e do Líbano, financiando e armando terroristas e contrabandeando armas avançadas da Jordânia”, escreveu hoje Katz na rede social X. “Devemos enfrentar a ameaça da mesma forma que abordamos a infraestrutura terrorista em Gaza, incluindo a evacuação temporária dos residentes palestinos e quaisquer medidas necessárias. Esta é uma guerra para todos e devemos vencê-la”, acrescentou.

    Izzat al Rishq, membro do gabinete político do grupo islâmico Hamas, criticou as palavras do ministro, as quais descreveu como um “apelo fascista para expandir o círculo de destruição, genocídio e limpeza étnica contra os cidadãos palestinos”. Em um comunicado, o alto responsável islâmico lamentou que a mensagem de Katz demonstra a impunidade com que Israel e seus líderes operam, e pediu à comunidade e às organizações internacionais que tomem medidas para julgá-los perante o Tribunal Penal Internacional.

    Enquanto isso, prosseguem as incursões militares israelenses na Cisjordânia, nos campos de refugiados de Jenin e Tulkarem, entre outros pontos do norte, nas quais pelo menos nove palestinos já morreram somente hoje, segundo informou o Crescente Vermelho. Por volta da meia-noite, as forças especiais israelitas atacaram as províncias de Tulkarem, Jenin e Tubas com veículos militares, drones, franco-atiradores e escavadoras, bloqueando o acesso das suas ambulâncias e a sua chegada aos hospitais.

    A Cisjordânia ocupada vive a maior espiral de violência das últimas duas décadas e, até agora, em 2024, mais de 310 palestinos foram mortos por fogo israelense, a maioria deles milicianos, mas também civis, incluindo 50 menores de idade, baseada em dados do Ministério da Saúde palestino. O Exército israelense intensificou as suas já frequentes incursões na Cisjordânia após o ataque do Hamas em 7 de outubro e, desde então, cerca de 650 palestinos morreram em incidentes violentos com tropas e outra uma dúzia com colonos, incluindo pelo menos 147 menores. Do lado israelense, neste ano já morreram 22 pessoas (11 militares e 11 civis, pelo menos seis deles colonos), a maioria delas em ataques perpetrados por palestinos, tais como tiroteios ou esfaqueamentos.

    *Com informações da EFE
    Publicado por Marcelo Bamonte 

    Fonte: Jovem Pan News

    Últimas

    Seis empresas disputam obra do anel viário de Bonito

    Projeto prevê pavimentação de 7,6 km, construção de viaduto e passagem de fauna com...

    Projeto “Lei da Onça” busca equilíbrio entre pecuária e preservação

    Proposta quer proteger felinos silvestres e compensar prejuízos causados por ataques a rebanhos no...

    Falso policial armado rende motorista e rouba carro em Campo Grande

    Criminoso atirou para o alto e fugiu em direção ao Indubrasil com o veículo...

    Motociclista que morreu em acidente já havia matado mulher no trânsito

    Antônio Carlos tinha 66 anos e atropelou uma motociclista em 2022, em São Gabriel...

    Relacionado

    Israel nomeia novo comandante militar no país

    Eyal Zamir substitui o tenente-general Herzi Halevi, que renunciou após reconhecer falhas das Forças Armadas na guerra

    Macron critica tarifas dos EUA e fala em reciprocidade

    Embora tenha se reunido com o Trump, o presidente da França demonstrou ceticismo em relação à capacidade da União Europeia de evitar tarifas

    EUA negociam direto com Hamas para libertação de reféns e quebram tradição

    Atualmente, cerca de 24 pessoas, incluindo um cidadão americano, permanecem em cativeiro na Faixa de Gaza