Clediane Matzenbacher, candidata à reeleição, reforça segurança para continuar com eventos de campanha.
Um dia após sua casa ser alvo de tiros, a prefeita de Jardim e candidata à reeleição, Clediane Matzenbacher (PP), retomará suas atividades de campanha na tarde desta segunda-feira (30). Para garantir sua segurança durante as caminhadas e reuniões, ela usará um colete à prova de balas fornecido pela Polícia Civil de Mato Grosso do Sul.
Em entrevista ao Campo Grande News, Clediane afirmou que intensificará as medidas de segurança, solicitando escolta policial para acompanhar seus eventos eleitorais. “Vamos pedir formalmente uma escolta, porque não nos sentimos mais seguros. Mas não vou parar, porque se eu fizer isso, estarei fazendo o que eles querem. O objetivo é me assustar”, declarou.
A Secretaria de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul (Sejusp) já enviou equipes para reforçar a investigação e proteção da prefeita. Apesar da sugestão de apoio da Polícia Federal, feita pela senadora Tereza Cristina (PP), Clediane avaliou que a segurança estadual está suficientemente empenhada no caso.
Na madrugada de domingo (29), uma dupla em uma moto disparou seis tiros contra a janela do quarto da prefeita, enquanto ela e seu marido dormiam a apenas 50 centímetros do local atingido. As câmeras de segurança captaram o ataque, que está sendo investigado como tentativa de homicídio.
Clediane relatou que esta não é a primeira vez que se sente ameaçada. Durante a última eleição, chegou a contratar seguranças particulares. Além disso, durante seu mandato, enfrentou situações que resultaram em boletins de ocorrência. “Em duas ocasiões, pessoas em motos distribuíram panfletos difamatórios contra mim em eventos públicos”, contou.
A prefeita lamentou o aumento da tensão política na reta final da campanha e afirmou que, um dia antes do atentado, dois de seus cabos eleitorais foram presos sob acusação de compra de votos. Para Clediane, a prisão foi uma tentativa de prejudicar sua candidatura. “O que me revolta é que, com os homens, não fazem nada. Sou a única mulher e a única ameaçada”, desabafou.