Investimentos em água tratada e rede de esgoto refletem na saúde pública e reduzem custos com internações, aponta estudo da Águas Guariroba.
O acesso à água tratada e o investimento contínuo no saneamento básico resultaram em uma queda de 91% nos casos de Doenças Diarreicas Agudas (DDA) em Campo Grande, conforme estudo inédito realizado pela concessionária Águas Guariroba. A pesquisa aponta que a ampliação da rede de esgoto e o fornecimento de água de qualidade contribuíram para a redução das internações por essas doenças, beneficiando a saúde da população e reduzindo despesas públicas com atendimento hospitalar.
Ao longo de 18 anos, Campo Grande registrou uma queda expressiva nas hospitalizações por DDA, especialmente entre crianças menores de 4 anos, onde a redução foi ainda mais acentuada, atingindo 97%. Esse avanço acompanhou um crescimento significativo na cobertura de saneamento básico, que aumentou em 564%, além da extensão da rede de esgoto que ampliou em 488%, alcançando atualmente 89% da população da Capital sul-mato-grossense.
Entre os anos de 2006 e 2008, a cidade registrou a maior redução percentual nas doenças diarreicas, que caíram 47,58%, ao mesmo tempo em que o atendimento urbano de esgoto cresceu 123,81%. A relação entre os dados confirma que o investimento no saneamento básico tem um efeito direto na diminuição das internações e dos gastos públicos com saúde.
A falta de saneamento adequado é uma das principais causas das Doenças Diarreicas Agudas, infecções que podem ocorrer pelo consumo de água e alimentos contaminados. O estudo aponta que, ao melhorar a infraestrutura de saneamento, o município reduz a necessidade de tratamentos médicos para essas doenças, resultando em economia para o sistema público de saúde.
Em termos financeiros, os investimentos realizados pela Águas Guariroba no saneamento básico de Campo Grande chegaram a aproximadamente R$ 70 milhões em 2021, numa trajetória crescente desde 2003. Com isso, os gastos públicos com internações por DDA caíram significativamente, passando de R$ 48,3 mil em 2003 para R$ 7,4 mil em 2017. O levantamento registrou uma redução total de 53,50% nas despesas relacionadas a essas doenças entre 2003 e 2022, de acordo com dados do Censo Demográfico e do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento.
O ranking do Instituto Trata Brasil coloca Campo Grande como a segunda capital do país em atendimento com rede de esgoto, com 89% da população coberta, ficando atrás apenas de São Paulo, que possui uma cobertura de 97%. Além disso, a cidade possui um dos menores índices de perda de água na distribuição, com apenas 19,80%, sendo superada apenas por Goiânia.
A Águas Guariroba segue ampliando sua cobertura de saneamento na cidade. Somente no primeiro semestre de 2024, foram implantados mais de 140 quilômetros de rede de esgoto, ultrapassando a meta inicial de 116 quilômetros para o ano.