Justiça concede liberdade provisória ao líder religioso sob medidas cautelares após três meses de prisão
Nesta sexta-feira (9), a Justiça concedeu liberdade provisória, com uso de tornozeleira eletrônica por 90 dias, ao pastor Evandro Luiz Baptista, de 53 anos, acusado de violação sexual mediante fraude em Dourados. A decisão foi emitida pelo juiz Pedro Henrique Freitas de Paula, considerando o tempo de prisão, a primariedade e o encerramento da fase de instrução.
A defesa do pastor, realizada pelos advogados Rubens Saldivar e Bianca de Oliveira Guirelli, argumentou a favor da soltura. Em sua decisão, o magistrado impôs condições, incluindo a proibição de contato com as vítimas e a obrigação de manter endereço atualizado, destacando que não via razões para manter a prisão cautelar.
Evandro, que estava preso desde agosto, é acusado de abuso sexual contra quatro mulheres, com idades entre 20 e 40 anos, que frequentavam a igreja onde ele liderava. As denúncias indicam que o pastor utilizava sua posição de líder espiritual para manipular as vítimas, convencendo-as a participar de rituais e práticas abusivas sob o pretexto de cura espiritual.
Segundo relatos, Evandro realizava encontros em madrugadas e em locais como montes e o próprio templo em construção, onde usava o discurso religioso para justificar seus atos. Ele nega as acusações, e a defesa alega que uma das denúncias surgiu por motivos de ciúmes.
O caso segue em investigação, e o pastor deverá cumprir as restrições impostas durante o período de liberdade provisória.