A Supercopa da Espanha na Arábia Saudita terminou com um roteiro imprevisível na goleada do Barcelona sobre o Real Madrid por 5 a 2. O placar elástico desta vez foi certeiro em contar a história do jogo, consolidando a superioridade que os catalães impuseram diante de seu maior rival nos últimos dois anos, além de apontar perspectivas para o restante da temporada de LaLiga, da Copa do Rei e da UEFA Champions League.
Hansi Flick fez a diferença no comando técnico e venceu o duelo tático quando optou uma formação tática (4-2-3-1) que explorasse as dificuldades do Real Madrid, principalmente pelo lado direito da marcação, onde Lucas Vázquez perdeu todos os principais duelos para Raphinha. Além disso, as transições dos comandados de Carlo Ancelotti estavam frágeis, pois Jude Bellingham e Rodrygo não estavam fazendo a recomposição necessária para fechar bem os espaços.
O distanciamento entre os jogadores do Real deixavam jogadores como Gavi e Pedri com muita liberdade na circulação de bola pelo terço final do campo, sendo este o ponto principal da partida. Desta forma, o Barça construiu sua larga vantagem no primeiro tempo, confirmando que a abertura de placar pelo Real deveu-se muito mais às individualidades de Vinícius Júnior e Kylian Mbappé em um contra-ataque fatal.
A goleada do Barça também representou na essência o estilo de jogo adotado pelo técnico Hansi Flick, priorizando uma intensa troca de passes desde a saída no campo defensivo, com toques muito rápidos e precisos envolvendo todos os jogadores. Explorando o máximo potencial de seus jogadores (com a mudança de posição do brasileiro Raphinha e Lewa mais isolado para receber bolas longas), o treinador deixou o clube catalão competitivo novamente para brigar por títulos.
Por outro lado, o Real Madrid retornará da Arábia Saudita com sérias questões para serem bem resolvidas no sistema defensivo, pensando no restante da temporada. Nenhum atacante do Barça foi pressionado com a intensidade que um clássico exige, deixando significativos buracos entrelinhas e dando uma sensação de completa desorganização no meio-campo.
O principal ponto de atenção consistiu nos posicionamentos do improvisado zagueiro Tchouaméni e do lateral-direito Lucas Vázquez, fato evidenciado quando Raphinha encontrou bastante liberdade para testar firme e vencer o goleiro Courtois com facilidade. Ancelotti não fez a necessária alteração defensiva no segundo tempo e o brasileiro agradeceu, sendo essencial para surgir nas costas de Tchouaméni para marcar o quinto do Barça logo no início do segundo tempo.
A falta de intensidade chamou atenção, principalmente diante da falta de repertório ofensivo para criar jogadas quando Szczęsny foi expulso, situação que deixará o Real Madrid muito tenso para a sequência da temporada, principalmente em relação à janela de transferências. São urgentes as contratações para reforçar a zaga e a lateral, pois a escalação de um meio-campista e um ponta no sistema defensivo certamente evidenciou este problema de forma mais clara para Florentino Pérez.
Fontes: Sofascore e Opta
Fonte: 90min
