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    Dólar sobe a R$ 5,88 e Ibovespa cai quase 1% após escolha de Gleisi Hoffmann como nova ministra de Lula

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    Às 13h52, o índice da B3 caía 0,93% aos 123.640,12 pontos, na mínima, depois de ter avançado 0,09% pela manhã, na máxima em 124.916,19 pontos; já a moeda americana tinha elevação de 0,96%

    O Ibovespa acentuou a queda, perdeu a marca dos 124 mil pontos e adotou uma série de mínimas apesar da alta em Nova York no período da tarde desta sexta-feira (28). A deterioração ocorre em meio à escolha do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, para ser a ministra de Relações Institucionais (SRI) no lugar de Alexandre Padilha, anunciado como próximo ministro da Saúde.

    “Parece piada”, pontua o estrategista-chefe do Grupo Laatus, Jefferson Laatus. “Ela é muito mal vista até mesmo por parlamentares, não só pelo mercado. O temor é que ajudará a piorar a questão de articulação do governo que já não se tem”, diz Laatus.

    O principal indicador da B3 já vinha em tendência de baixa dada a cautela devido à folga de carnaval que deixará o mercado fechado até a manhã de quarta-feira que vem, em meio à entrada em vigor das tarifas de Trump na semana que vem a alguns países. Às 13h52, o Ibovespa caía 0,93% aos 123.640,12 pontos, na mínima, depois de ter avançado 0,09% pela manhã, na máxima em 124.916,19 pontos. O dólar avançava a R$ 5,8848, com elevação de 0,96%, com os juros também subindo.

    A decisão de Lula é considerada uma reviravolta. Até poucos dias atrás, o mundo da política dava como certo que Gleisi assumiria a Secretaria-Geral da Presidência da República no lugar de Márcio Macêdo. A informação foi confirmada em nota divulgada pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) nesta sexta-feira (28).

    Segundo o comunicado, Lula se reuniu com Gleisi nesta sexta pela manhã e a convidou para o cargo. “Gleisi vai substituir o atual ministro da SRI, Alexandre Padilha, que foi recém-indicado para o Ministério da Saúde. A posse da nova ministra está marcada para o dia 10 de março”, disse a Secom.

    A presidente do PT passou a se posicionar para assumir a articulação política do governo há poucos dias. A reportagem ouviu especulações sobre seu nome pela primeira vez na última sexta-feira, 21, mas ainda como uma possibilidade muito remota. O nome da presidente do PT cresceu nesta semana, mesmo Lula sendo desaconselhado de indicar a aliada para o cargo.

    A entrada de Gleisi Hoffmann na SRI também era tratada com ceticismo em Brasília porque a presidente do PT demonstrou ter perfil combativo nos últimos anos, enquanto a área exigiria um perfil de negociação mais flexível. Gleisi é presidente do PT desde 2017 e esteve à frente do partido em alguns de seus momentos mais críticos. A posição a fez ganhar fama de sectária.

    A ida de Gleisi Hoffmann para o Planalto também cria um novo polo de poder no Palácio do Planalto. Hoje, a principal força política no governo abaixo de Lula consiste nos ministros Rui Costa (Casa Civil) e Sidônio Palmeira (Secom), ambos vindos da Bahia e aliados de longa data. Na avaliação de petistas, Gleisi tem tamanho suficiente para contrariá-los, se achar necessário.

    Ao longo de todo o governo, Gleisi Hoffmann expôs divergências com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Aliados da petista costumam dizer que, como presidente do partido, ela tinha a obrigação de tentar puxar o governo para a esquerda, daí às falas que contrariavam a política de Haddad. Há uma avaliação de que a disciplina que exige um cargo no primeiro escalão do governo fariam as divergências entre Gleisi e o ministro da Fazenda diminuírem.

    Um sinal nesse sentido foi dado pela própria petista no fim de semana, durante a festa de 45 anos da legenda. Ela deu os parabéns a Haddad por seu trabalho na área fiscal. “O desequilíbrio orçamentário, estamos resolvendo. Colocando um compromisso com as contas públicas. Nós estamos promovendo uma dos maiores ajustes fiscais da história desse país”, disse ela em discurso.

    Com Gleisi no governo, o PT precisará de um novo quadro para presidir o partido até junho, quando haverá eleições. O nome mais citado para esse mandato-tampão é do líder do governo na Câmara, José Guimarães (CE). Lula quer eleger Edinho Silva como presidente do partido no meio do ano.

    O entorno do chefe do governo acredita que, com a ida de Gleisi para o coração do governo, a resistência de setores do PT ao nome de Edinho Silva para a direção do partido diminuirá. O grupo político de Gleisi vinha fazendo movimentos para tentar emplacar outro presidente para a legenda, possivelmente Guimarães.

    Gleisi Helena Hoffmann tem 59 anos, é advogada, deputada federal e já ocupou diversos cargos na política. Foi senadora pelo Paraná de 2011 a 2018. Também foi ministra da Casa Civil de 2011 a 2014, durante o governo de Dilma Rousseff.

    *Com informações do Estadão Conteúdo
    Publicado por Carolina Ferreira

    Fonte: Jovem Pan News

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