Celulose lidera exportações com alta de 78%, enquanto importações caem com queda na compra de gás natural
Mato Grosso do Sul fechou os cinco primeiros meses de 2025 com saldo positivo de US$ 3,25 bilhões na balança comercial. Os dados constam na Carta de Conjuntura do Comércio Exterior, divulgada pela Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação).
Esse resultado veio da diferença entre os US$ 4,28 bilhões exportados e os US$ 1,037 bilhão importado pelo Estado no período. A queda nas importações foi puxada principalmente pela redução na compra de gás natural, principal item da pauta importadora. De janeiro a maio, o Estado importou US$ 363,4 milhões em gás, uma retração de US$ 156 milhões em relação ao mesmo período de 2024, quando o valor foi de US$ 519,4 milhões.
Outro destaque entre as importações foram as caldeiras de geradores a vapor, com movimentação de US$ 108 milhões este ano — contra pouco mais de US$ 1,2 milhão no mesmo intervalo do ano passado.
No campo das exportações, a celulose foi o grande destaque. O produto liderou a pauta com US$ 1,44 bilhão em vendas, alta de 78,1% em comparação com 2024. A carne bovina também teve desempenho expressivo, alcançando US$ 605,5 milhões e aumento de 36,5%. As carnes de aves somaram US$ 145,6 milhões, uma elevação de 17,5%.
Já a soja, que é tradicionalmente um dos carros-chefes das exportações sul-mato-grossenses, apresentou queda de 26%, totalizando US$ 1,16 bilhão no período.
“O bom desempenho da indústria e a expansão da celulose como principal produto da pauta exportadora reforçam a estratégia de diversificação econômica do Estado”, avaliou o secretário da Semadesc, Jaime Verruck.
Três Lagoas segue como o principal polo exportador, com 18,65% de participação. Na sequência estão Dourados (13,46%), Ribas do Rio Pardo (9,53%) e Campo Grande (7,54%).
A China permanece como o principal destino das exportações de MS, absorvendo 46,61% do total. Logo atrás aparecem os Estados Unidos (6,64%) e os Países Baixos (4,15%).