A redução nas matrículas é sentida em algumas autoescolas de Mato Grosso do Sul. O motivo é que o Governo Federal propôs o fim da obrigatoriedade de frequentar CFCs (Centros de Formação de Condutores) para tirar a CNH. A medida está em audiência pública e pode ser aprovada sem votação no Congresso.
A procura por matrículas em autoescolas de Mato Grosso do Sul despencou. O motivo, com efeito, é a proposta do Governo Federal que acaba com a obrigatoriedade de frequentar CFCs (Centros de Formação de Condutores) para tirar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação). Segundo o Sindicato dos Centros de Formação de Condutores de Mato Grosso do Sul, a redução nas matrículas já chega a 60% em algumas unidades.
O presidente do sindicato, Henrique Fernandes, afirmou que o impacto aumentou neste mês. “As pessoas estão na expectativa de conseguir uma carteira mais barata, com menos horas de aula, e por isso adiaram a matrícula. O problema é que os compromissos das autoescolas continuam os mesmos, e o setor vive um momento muito delicado”, destacou.
Pelo texto, as aulas teóricas e práticas deixariam de ser exclusivas das autoescolas. Elas poderiam ser ministradas por instrutores autônomos credenciados pelo governo federal. O objetivo, segundo o ministério, é reduzir o custo da habilitação, que hoje tem média nacional de R$ 3,2 mil.
As categorias A (moto) e B (carro) foram as mais afetadas. “A parte prática é fundamental, mas a teórica também tem papel importante na formação do condutor. Deixar essa etapa totalmente livre pode colocar pessoas despreparadas no trânsito”, afirmou Fernandes. O sindicato defende a redução responsável da carga horária, sem eliminar completamente as aulas obrigatórias.
A alteração foi autorizada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 1º de outubro. A proposta está em audiência pública e pode ser formalizada por meio de resolução do Contran, sem necessidade de votação no Congresso Nacional.


