Os indígenas das aldeias Jaguapiru e Bororó mantêm a interdição da rodovia MS-156, entre Dourados e Itaporã. O confronto de ontem, com o Batalhão de Choque, que teve até tiros, não colocou fim ao protesto dos indígenas, que exigem investimentos para garantir água para a população.
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A expectativa é de que uma reunião do Ministério Público Federal, com presença de representantes da Ordem dos Advogados do Brasil, Funai e da secretária de Cidadania do Estado, Viviane Luiza, encerre o protesto.
Os indígenas querem a instalação de dois poços artesianos, além do fornecimento de água diário com caminhões pipa.
Ontem, a atuação do Batalhão de Choque terminou com disparos, deixando feridos. A polícia justificou que ação foi realizada com objetivo de garantir o direito constitucional da população de ir e vir.
O governador Eduardo Riedel disse que não vai admitir que parem o Estado. “Não podemos tolerar para além de qualquer discussão e negociação que foi feita por três dias seguidos, uma paralisação do estado”, justificou, pontuando que trabalhadores foram impedidos de chegarem ao trabalho e pessoas de garantir o direito de ir e vir.
Segundo o governador, as negociações caminharam, mas foram procrastinadas por interesses políticos, registrados em boletim de ocorrência.
“O Estado não pode ser refém de interesses políticos dentro das comunidades indígenas, que a gente tem o maior respeito”, pontuou.
O governador afirmou ainda que as aldeias foram atendidas com caminhões de água , mas ainda sim não quiseram finalizar o protesto.
“Por interferência de uma pessoa e correntes de instituições públicas federais, incentivando porque presidente viria… Estamos trabalhando pelas comunidades indígenas e vamos continuar, mas precisamos manter a ordem, desenvolvimento e direito das pessoas de ir e vir”, concluiu.
Foto: Valdinei Garcia/Dourados Agora
Fonte: Investiga MS