Oito vitórias em 12 jogos. Assim o Atlético-MG chega para a final da Libertadores, em uma trajetória eliminando três campeões continentais até agora (San Lorenzo, Fluminense e River Plate). O momento atual não é bom – são 10 jogos sem vencer, sendo quatro empates e seis derrotas. Entretanto nas copas o time comandado por Gabriel Milito tem feito a diferença, afinal chega à segunda final consecutiva. Após o vice da Copa do Brasil, a missão agora é na Argentina, onde enfrenta o Botafogo no sábado (30).
O Galo luta pelo bicampeonato, afinal conquistou a América em 2013, contra o Olimpia (Paraguai), com 2 a 2 no agregado e triunfo brasileiro nas penalidades (4 a 3). A geração tinha nomes como o capitão Réver, Gilberto Silva, Ronaldinho Gaúcho e Jô, além de Bernard, que voltou ao clube neste ano e do goleiro Victor, atualmente diretor de futebol.
Cabe ressaltar que o campeão mineiro começou 2024 com Felipão no comando técnico. Ele foi demitido após sequência ruim no estadual. Contratado dias depois, Gabriel Milito assumiu em 24 de março, durante a competição local. A estreia do Galo na Libertadores ocorreu em 4 de abril. Foram quatro vitórias consecutivas contra Caracas (Venezuela), Rosario Central (Argentina), duas vezes, e Peñarol (Uruguai). O primeiro tropeço foi o 2 a 0 para o clube aurinegro em Montevidéu.
A fase de grupos terminou com o Galo na liderança de sua chave, com 15 pontos (cinco vitórias e uma derrota, sendo 14 gols marcados e seis sofridos). Foi a segunda melhor pontuação desta etapa, atrás apenas do River Plate (16). O sorteio fez com que o primeiro jogo do mata-mata fosse no Estádio Nuevo Gasómetro, casa do San Lorenzo. Cuello aproveitou falha de Saravia para abrir o placar, mas Paulinho evitou a derrota. No jogo de volta o argentino Battaglia anotou o único gol dele no torneio até agora e assim sacramentou a classificação.
Nas quartas o Tricolor das Laranjeiras venceu no Maracanã por 1 a 0, gol de Lima. Já em BH o craque da partida foi Deyverson, com duas bolas na rede. O último passo antes da decisão foi diante dos Millonarios, sendo que havia grande expectativa porque a esta altura a Conmebol tinha anunciado o estádio escolhido para a final. No entanto, o camisa 9 jogou um balde de água fria na maioria dos torcedores ao marcar três vezes, mas um deles foi anulado. Como se não bastasse ainda serviu Paulinho para ampliar a vantagem: 3 a 0. Na Arena MRV o time administrou a vantagem com empate sem gols que sacramentou a voltar à decisão continental pela segunda vez em seus 116 anos de existência.
*Dados do Footstats
Fonte: 90min