spot_img
Sábado, 26 Abril, 2025
More
    InícioPolíticaPolítica InternacionalOposição da Venezuela pede libertação de ‘presos políticos’ e Maduro celebra Natal

    Oposição da Venezuela pede libertação de ‘presos políticos’ e Maduro celebra Natal

    Publicado há

    spot_img

    Em meio à crise gerada por sua questionada reeleição, Maduro havia decretado em setembro o início antecipado do Natal, a partir de 1º de outubro

    Opositores venezuelanos se manifestaram neste domingo (1º) pela libertação dos “presos políticos”, a maioria detidos durante os protestos que ocorreram após a polêmica reeleição do presidente Nicolás Maduro, que, paralelamente, liderou um evento “em defesa do Natal”.

    A manifestação foi convocada pela líder opositora María Corina Machado, que está na clandestinidade e não compareceu à concentração. O protesto pedia que o Tribunal Penal Internacional (TPI) — que já investiga o país por crimes contra a humanidade — pressionasse pela libertação de pouco mais de 1.900 detidos, incluindo 42 menores de idade, segundo a ONG Foro Penal.

    “Estou cansada de viver em um país com tanta ditadura, quero ter liberdade”, disse uma manifestante que pediu para não revelar seu nome, temendo ser presa. Ela vive no bairro 23 de Enero, um reduto chavista controlado por grupos aliados ao governo.

    Maduro foi declarado reeleito após as eleições de 28 de julho para um terceiro mandato consecutivo de seis anos pela autoridade eleitoral, acusada de favorecê-lo. A oposição, liderada por Machado, acusa Maduro de fraudar as eleições, alegando que seu candidato, Edmundo González Urrutia, foi o verdadeiro vencedor.

    A proclamação de Maduro gerou protestos que deixaram 28 mortos e quase 200 feridos na Venezuela. “Acho que a situação chegou ao limite”, disse durante o protesto uma mulher que se identificou como María Cecilia Pérez, embora admitisse que não era seu nome verdadeiro.

    “Internacionalmente, precisam agir”, continuou, escondendo o rosto com uma máscara marcada com batom vermelho, símbolo adotado pela oposição para representar o sangue das vítimas dos protestos pós-eleitorais.

    Protestos semelhantes ocorreram em outras cidades ao redor do mundo, como Bogotá, Buenos Aires, Washington, Madri e até Tóquio.

    Em um ato paralelo, Maduro ironizou o uso do batom vermelho: “As pessoas tóxicas que pintam a boca de vermelho em vez de saírem para festejar… Devemos pintar nossas bocas de vermelho? O único que temos bem pintado de vermelho é o coração bolivariano e chavista”.

    “Dezembro começou em paz e assim deve continuar”, afirmou o presidente, que já é investigado pelo TPI devido à repressão aos protestos antigovernamentais de 2017, que deixaram 125 mortos. Maduro descreveu a Venezuela como “o país da alegria”.

    “Senhora tóxica”, disse ele em referência a Machado, “se você não pode parar de odiar e deixar a Venezuela seguir seu caminho de recuperação e prosperidade, pelo menos não cause mais danos. Basta!”

    Os seguidores do chavismo usavam gorros de Papai Noel, e a primeira-dama, Cilia Flores, vestiu um suéter com a imagem de uma rena, parte do simbolismo natalino dos Estados Unidos. Em meio à crise gerada por sua questionada reeleição, Maduro havia decretado em setembro o início antecipado do Natal, a partir de 1º de outubro.

    *Com informações da AFP
    Publicado por Carolina Ferreira

    Fonte: Jovem Pan News

    Últimas

    Onça que matou caseiro no Pantanal está desidratada e com órgãos comprometidos

    Felino capturado após ataque em Miranda apresenta quadro de saúde debilitado e passará por...

    PL isenta atual gestão de dívida e responsabiliza MDB por multa eleitoral

    Nota oficial esclarece que filiados negativados não tinham vínculo com o partido na época...

    Riedel anuncia campanha de conscientização após ataque de onça

    Objetivo é orientar moradores e turistas sobre riscos e condutas adequadas em áreas do...

    Coronel David assume comando do PL em Campo Grande

    Deputado estadual recebeu aval de Bolsonaro para liderar a Executiva Municipal e fortalecer a...

    Relacionado

    Israel nomeia novo comandante militar no país

    Eyal Zamir substitui o tenente-general Herzi Halevi, que renunciou após reconhecer falhas das Forças Armadas na guerra

    Macron critica tarifas dos EUA e fala em reciprocidade

    Embora tenha se reunido com o Trump, o presidente da França demonstrou ceticismo em relação à capacidade da União Europeia de evitar tarifas

    EUA negociam direto com Hamas para libertação de reféns e quebram tradição

    Atualmente, cerca de 24 pessoas, incluindo um cidadão americano, permanecem em cativeiro na Faixa de Gaza